segunda-feira, agosto 30, 2010

Um indivíduo a ser (estudado) pensado

Nascemos na história do ser, pelo menos naquela da qual tenho conhecimento ou fingi me importar. O ano é muito tempo atrás, quarenta e poucos anos atrás. A banda 'Pink Floyd' lançava ao cinemas seu famigerado filme de traumas de infância, as vezes vistas foram muitas e, daí, caímos em uma primeira falha da história: uma família GRANDE de pescadores não faz plástica de nariz, ao menos não por luxo.
O tempo passa, Cuiabá (acho ou sei lá) que se exploda, bem como um casamento que não engravidou sabe-se lá o verdadeiro porquê do útero (segunda falha).
Sem parar, vem um emprego em São Paulo (tampouco sei bem como) e outra família se envolve: um avô é cativado ou, no mínimo, um patrão, um tio o mesmo e logo um pai. Diversas feiras de utilidades e, com isso, as crianças. Ou será que foi antes? Será que já, desde antes destes eventos, a semente do mal repousava em solo infértil?
Malditas idéias que não são memórias!
Fato é que, a partir desta semente, uma erva daninha entrelaçou-se em um coração, em verdade mole, cego e doente. Ousada e astuta que é, a erva espalhou suas ramas ao redor dos ingênuos. A inocência da infância não pode ver o mal que há nas irresponsabilidades que tanto lhe atraem. O pai tentara, pouco e, acima de tudo, em vão (também pudera, raras advertências detetizarem a vontade de suas crianças,e, no futuro, de outros).
Verdade seja dita, havia um bravo. Porém, o que é um guerreiro contra as vontades, cegas, de um pai? Pois sim, o guerreiro se torna herege e, logo, desertor, para, assim, viver no exílio. Conseguistes, erva carnívora, devorar um amor paternal. Vitória para os articuladores!
A reconciliação não sei de onde surgiu, porém o estrago já estava feito.
Os anos se passam, os fatos são muitos, poucos a serem relevados, portanto continua acesa a bituca da paixão, mas sem que os progenitores saibam (falha número x).
Dois anos se passam, um oceano de distância, anos-luz de mudança. Os corações frágeis, bravos e nem-tanto-assim crescem e, com eles, o medo. O que será do amor frente a atenção dos filhos? Será a indiferença de um pai! Afugenta-se a cria como cães e, logo, funciona: a ameaça está longe. Mas, funciona porque afasta ou afasta porque manipula?
Seja belo o amor que se alimenta na saúde e na doença. Afinal de contas, mais vale um mergulho com os tubarões do que a visão de um filho, mais vale um cruzeiro que é dois do que um filho amparado. Sorte que o terceiro cresceu. Sorte do terceiro que cresceu.
E que venha a idade. A idade de Benjamin Button! Que venha na saúde e na doença, na saúde do vinho que cura e na doença da limpeza da casa para sujar o mundo!
Viva!