domingo, fevereiro 08, 2009

O diabo veste nada

Resumo da noite: dois banhos “gelados”, uma cueca, um colchão na sala, uma janela escancarada, um ventilador, um balde e 6L d’água.
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Ribeirão Preto, 07 de fevereiro às 21h27.
Temperatura de 34,5°C e (questionáveis) 27% de umidade relativa do ar.

Transita uma pessoa apenas de roupas de baixo pela casa após um longo banho debaixo de um chuveiro elétrico que, mesmo desligado, não despeja água fria. Os sinais da insolação surgiram, talvez, há meia hora, marteladas em sua fronte orbital e uma (muita) placenta descarga abaixo. Contudo, insolação de que sol? Somam-se demasiadas horas inertes em seu domicílio.
O sujeito repousa em seu leito, ainda com sua única peça de roupa. Um ventilador observa, ao rodar pelo quarto, um balde repleto d’água se antepor a um asqueroso ser com um pano úmido sobre a testa.
“Não agüento! Segundo round... P* que pariu, essa merda ainda não cai gelada!”
Novamente de peças íntimas, o desgraçado se deita na sala de casa junto a seus companheiros, o balde e o ventilador, com o terraço totalmente aberto, a não ser por uma cortina.
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Agora sim, pela manhã ele pode vestir um short, mas a comida ainda desce com dificuldade.

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