Não bastasse tais seres se dedicarem ao próprio sofrimento em detrimento da manutenção da raça, agora eles se dizem pensadores das razões e implicações de suas vidas à elas próprias e de outros (leia-se outras). Tais filósofos da criação se acham no direito de concluir, sobre o ato de outros (outras, novamente), o que nem sempre é tão óbvio assim. São atitudes como essas que fazem com que o jocoso homem-capacho seja escravo de seu próprio imaginário (nada popular, por assim dizer).
Está perdido, caro inter-espectador? Da mesma forma se encontra nosso anti-herói, deitado em meio a um gramado de idéias mal plantadas, aquele que nunca fora tão convicto do que queria agora se afoga no ideal que, parece, não será realizado tão cedo. Com planos traçados e metas construídas à médio-curto prazo, nosso protagonista se tornou coadjuvante da própria história ao ter em sua frente uma proposta que até o presente momento não veio e outras duas histórias que mais parecem romances de tragédia do que tragédias que terminam em romance.
Foco nunca foi a máxima desse miocárdio mal-funcionante, ainda mais quando o tema envolve o funcionamento deste tal miocárdio. Na verdade, parece que o 'viver o momento' tão adorado pelos poetas boêmios é muito mais interessante, e não por isso errado, do que o foco e plano em si.
Aquele mirrado ser que se esconde em meio aos pêlos do corpo (por vez, capilares, em outras, faciais) sabe do potencial de suas idéias, mas parece desperdiça-lo com um futuro totalmente dependente do incerto. Incerto no campo profissional e pessoal. Porque faz isso(, Romarinho)? Por ser um idealizador. Por acreditar no ser que diz serem todos iguais. Por ser um Don Juan. Por ser um completo idiota!
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