quinta-feira, maio 01, 2014

Limpe os pés antes de pisar, por favor

Como podem existir ainda seres dessa tal espécie outrora acreditada em extinção?
Não bastasse tais seres se dedicarem ao próprio sofrimento em detrimento da manutenção da raça, agora eles se dizem pensadores das razões e implicações de suas vidas à elas próprias e de outros (leia-se outras). Tais filósofos da criação se acham no direito de concluir, sobre o ato de outros (outras, novamente), o que nem sempre é tão óbvio assim. São atitudes como essas que fazem com que o jocoso homem-capacho seja escravo de seu próprio imaginário (nada popular, por assim dizer).
Está perdido, caro inter-espectador? Da mesma forma se encontra nosso anti-herói, deitado em meio a um gramado de idéias mal plantadas, aquele que nunca fora tão convicto do que queria agora se afoga no ideal que, parece, não será realizado tão cedo. Com planos traçados e metas construídas à médio-curto prazo, nosso protagonista se tornou coadjuvante da própria história ao ter em sua frente uma proposta que até o presente momento não veio e outras duas histórias que mais parecem romances de tragédia do que tragédias que terminam em romance.
Foco nunca foi a máxima desse miocárdio mal-funcionante, ainda mais quando o tema envolve o funcionamento deste tal miocárdio. Na verdade, parece que o 'viver o momento' tão adorado pelos poetas boêmios é muito mais interessante, e não por isso errado, do que o foco e plano em si.
Aquele mirrado ser que se esconde em meio aos pêlos do corpo (por vez, capilares, em outras, faciais) sabe do potencial de suas idéias, mas parece desperdiça-lo com um futuro totalmente dependente do incerto. Incerto no campo profissional e pessoal. Porque faz isso(, Romarinho)? Por ser um idealizador. Por acreditar no ser que diz serem todos iguais. Por ser um Don Juan. Por ser um completo idiota!

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